Ala do Congresso quer incluir punição a abuso de autoridade no pacote de Moro
Via de mão dupla Uma ala do Congresso articula a imposição de travas ao pacote anticrime de Sergio Moro (Justiça). A estratégia, capitaneada por líderes de siglas alinhadas a Jair Bolsonaro, é condicionar o avanço da proposta à inclusão de medidas que miram o Judiciário e o Ministério Público. A principal é a que pune o abuso de autoridade. Esses parlamentares dizem que faltou autocrítica ao ministro e que Câmara e Senado têm “a obrigação de mostrar que a corrupção não é exclusividade do Legislativo”.
Cada um na sua A estratégia prevê um fatiamento do pacote de Moro na Câmara. Dessa forma, questões relativas à segurança pública e ao crime organizado tramitariam em um projeto diferente do de medidas contra a corrupção.
Todos na mesma Nesse segundo conjunto de propostas é que seriam embutidos projetos que têm como alvo juízes e promotores.
Périplo Para vencer as resistências, Moro tem percorrido o Congresso e procurado líderes partidários para discutir as medidas do pacote. Nesta semana, o ministro fez mudanças no projeto para atender governadores e o Supremo.
Garoto propaganda O ex-juiz da Lava Jato decidiu usar a própria imagem para alavancar campanha direcionada a funcionários de sua pasta e dos órgãos vinculados ao Ministério da Justiça. Em um vídeo promocional, Moro defende a ética no ambiente de trabalho. O mote é “Faça a coisa certa. Sempre”.
Em nome dela Entidades que representam a advocacia estudam medidas para questionar o procedimento adotado pela Receita Federal em apuração contra o ministro Gilmar Mendes, do STF, e sua mulher, Guiomar. O tema será levado à OAB e à Comissão de Prerrogativas da entidade.
Tudo o que preciso O Ministério Público Federal decidiu não recorrer da decisão do STJ que libertou três engenheiros da Vale e dois da TÜV SÜD. Os procuradores avaliam que têm material suficiente para a investigação e que os envolvidos não representam mais ameaças às provas sobre a tragédia em Brumadinho.
Está escrito Os documentos colhidos reforçam a tese de que a Vale sabia do perigo de rompimento da barragem.
Fale-me mais sobre isso Fonte quase inesgotável de más notícias para os antecessores do atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a Dersa vai ganhar um canal exclusivo para denúncias de desvios e atos ilícitos. A medida será anunciada nesta semana.
Fale-me mais sobre isso 2 O denunciante terá que acessar o Canal Íntegro ou o site da companhia paulista. O sigilo é assegurado. Quem fizer o relato vai receber um número de protocolo para acompanhar o andamento da apuração.
Nem vem Aliados do tucano Cauê Macris estão atuando para minar a candidatura da novata Janaína Paschoal (PSL) à presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo. A eleição será no dia 15 de março.
O seu quadrado À frente do grupo, o veterano Campos Machado (PTB) diz que “escolher alguém inexperiente para comandar a maior casa legislativa da América Latina é a mesma coisa que entregar a direção de um grande hospital ao motorista da ambulância”.
Vai que é tua O Ministério da Educação instituiu grupo de trabalho para elaborar sua política nacional de alfabetização, uma das metas para os 100 dias da pasta. O assunto vai demandar a criação de uma comissão formal.
Vai que é tua 2 O colegiado será presidido pela secretária de Educação Básica, Tania Leme de Almeida, e não pelo de Alfabetização, Carlos Nadalim. Quem acompanha o ministério diz que a ascensão de Tania representa o fortalecimento de um grupo menos ideológico.
E eu? Aliados de Jair Bolsonaro estão se queixando de nem sequer serem chamados para acompanhar eventos de ministros em suas bases. Ficam sabendo pelos jornais.
TIROTEIO
O pedido reflete ativismo legislativo e ofensa à separação de Poderes. Caberá ao STF repelir a violência à Constituição
De Carlos Velloso, ministro aposentado do Supremo, sobre tentativa de uma ala do Senado de instalar a CPI dos tribunais superiores