É tudo um time só, diz Bolsonaro sobre embate entre militares e olavistas

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) negou nesta segunda-feira (6) que haja um racha entre a ala militar de seu governo e o grupo dos chamados olavistas, alinhados ao escritor Olavo de Carvalho.

“Temos coisas muito mais importantes para discutir no Brasil. Aqueles que, porventura, não têm tato político, estão pagando um preço junto à mídia. Mas não existe grupo de militares nem grupo de Olavos entre nós, é tudo um time só”, afirmou, após uma reunião com o ministro Paulo Guedes (Economia).

Nos últimos dias, a ala militar do governo tem demonstrado insatisfação com o escritor Olavo de Carvalho, que neste momento promove uma campanha de ataques ao ministro da Secretaria de Governo, Carlos Santos Cruz.

Questionado sobre se pretende proteger o ministro contra os ataques, ele indicou que o general está preparado para se defender. “Estamos em uma guerra. Eles, melhor do que vocês, estão preparados para a guerra”, disse.

Em abril, Santos Cruz deu uma entrevista à rádio Jovem Pan e defendeu um controle do que é publicado pela mídia e nas redes sociais. Bolsonaro negou que pense em adotar medidas restritivas.

Nesta segunda, o presidente reiterou o apoio a Santos Cruz e disse que se reuniu com o ministro na noite de domingo para conversar sobre a crise e outros assuntos. Bolsonaro negou que o militar tenha pedido demissão.

“Essas coisas menores o pessoal sabe que eu não perco tempo com isso, que nosso objetivo é outro e que temos que despender nossa energia em outras áreas”, disse, acrescentando que Santos Cruz embarcou nesta segunda para São Gabriel da Cachoeira, no extremo norte do Amazonas.

Bolsonaro também comentou as críticas do ex-comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas a Olavo. Na manhã desta segunda, Villas Bôas chamou o escritor de “Trótski de direita”.

“Eu não tenho nada a ver com o Villas Bôas, é um comandante que eu respeito. O nosso Brasil está no caminho certo e os ministros estão todos fazendo o que é determinado”, afirmou.

Após a reunião com Guedes, Bolsonaro falou a secretários do ministério. O presidente fez o mesmo no Ministério da Educação, na semana passada, e diz que fará o mesmo em outras pastas, para “olhar os funcionários, servidores, trocar uma ideia com eles, dar um estímulo, ouvir alguma coisa que porventura não esteja no rumo certo”.

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